Saturday, June 30, 2007

O quadro (parte 2)

O quadro chegou no dia 29. O dia 30 foi passado na montagem na loja de um amigo.

O aspecto dele (do quadro, o amigo não comento) é verdadeiramente espectacular e já com as componentes postas ficou ainda melhor do que esperava.

Para já dei uma volta de 3 minutos à noite em alcatrão. Deu já para perceber que a bicicleta é extemamente reactiva. Uma pedalada mais forte e ela dispara de imediato. Essa sensação dominou todas as outras e em tão pouco tempo não foi possível extrair mais conclusões significativas.

O peso do quadro excedeu em 51 gramas o que a marca anuncia o que não me pareceu particularmente grave.

Ainda há umas "arestas por limar" na bicicleta mais concretamente uma folga lateral no tubo da direcção que penso dever-se à necessidade de alinhar melhor um dos elementos da caixa de direcção.

Também haverá que fazer a "rodagem" das pastilhas de travão para depois tratar de aprefeiçoar o respectivo alinhamento garantindo que o rotor fique centrado.

É ridiculamente má a falta de capacidade das pastilhas novas. A travagem é pior do que a que se consegue com V brakes de gama média. Felizmente que após o devido tratamento a conversa vai ser outra.

Fotografias brevemente!

Wednesday, June 20, 2007

O quadro (parte 1)

Segundo informação recente o meu quadro já está em Portugal. Provavelmente chegará às minhas mão a 26 ou 27.

Logo que chegue publico fotos e peso.

Monday, June 18, 2007

Componentes: pesos pluma

Chegaram as peças mais exclusivas:

Um poste de selim Syntace P6


Um avanço Syntace Force 99


e uns apertos de roda Tune


Os pesos cairam dentro do esperado.

O poste é excepcionalmente bonito e provavelmente será cortado dado que, apesar de ter umas pernas muito compridas, duvido que vá necessitar de toda a extensão.

O avanço trazia uma tampa de direcção própria e lubrificante. Quanto à medida optei por comprar um relativamente longo (12 cm) porque gosto de me deitar sobre a bicicleta. A minha actual tem um de 13cm mas o tubo superior é 1 cm mais curto. Talvez tenha exagerado, logo se verá.

Os apertos parecem muito frágeis mas as indicações que tenho é que passaram montes de testes de carga pelo que até são mais seguros do que muitos dos correntes que pesam mais do dobro em alguns casos. Se assim for, a sua relação peso/função é verdadeiramente impressionante.

Wednesday, June 13, 2007

Compras: o serviço (parte 3)

Recebi hoje a última das encomendas (falta o quadro, claro) por isso posso fazer um balanço final sobre o serviço de vendas.

Ao longo deste tempo usei 4 vendedores online: actionsports, bike-x-perts da Alemanha, mtbikers da Bélgica e pricepoint dos Estados Unidos.

Os parâmetros que me parecem passíveis de ser avaliados são os seguintes:

1 - qualidade da informação na página,
2 - tempo de resposta a questões colocadas,
3 - simplicidade na encomenda,
4 - tempo passado entre a encomenda e a entrega,
5 - qualidade da embalagem,
6 - qualidade da empresa de entregas,
7 - preço,
8 - diversidade da oferta.

A folha abaixo resume de 1 (nota mínima) a 3 (nota máxima) a percepção que construi do respectivo serviço.



Não se pode dizer que algo tenha corrido mal. As diferenças nos totais foram mínimas.

Tuesday, June 12, 2007

Compras: os custos (parte 2)

Enquanto não chega a última encomenda (que já está em Lisboa mas que não foi entregue porque estou de férias) vamos a contas.

Há que dizer que o preço a pagar é obviamente alto mas estamos a falar duma btt "topo de gama" que, bem vistas as coisas, até vai ficar mais barata do que muitas soluções de referência das melhores marcas disponíveis no nosso mercado com a vantagem de que terá exactamente o equipamento que eu quero (além do peso seguramente menor do que o da grande maioria).


Para que se chegue ao preço final exacto há que considerar mais o quadro (cerca de 2000€), a suspensão, os pneus e câmaras, o desviador traseiro, os manípulos, o guiador, os punhos, o selim e o porta bidon.

Estes últimos componentes ficaram em cerca de 800€.

Posto isso ficou tudo por cerca de 4700€.

Um valor alto mas relembro que a minha BTT actual tem 11 anos e mantenho a esperança de que esta me dure mais ou menos o mesmo.

Saturday, June 9, 2007

Compras: os sites (parte 1)

Comprar na "net" é à partida a melhor forma de se conseguirem os preços mais baixos.

Todavia é uma solução que comporta riscos quer no acto de compra propriamente dito (atrasos, má embalagem, trocas, etc...) quer principalmente no domínio do chamado pós-venda.

Enfim... há que pesar bem todos os factores e estar ciente de que nem sempre as coisas correm pelo melhor.

Quem opta pela via do e-trading deve seguir sempre um conjunto apertado de estratégias para minimizar ao máximo os riscos de algo correr mal.

No meu caso fiz o seguinte:
1 - informei-me junto de conhecidos sobre anteriores experiências e fiz uma primeira lista de sites;
2 - peguei nessa lista e pesquisei comentários pelos fóruns eliminando logo aqueles com nota menos positiva;
3 - contactei os sites pela via recomendada com questões exemplo procurando através do tempo e qualidade da resposta tirar conclusões sobre o respectivo serviço.

Depois de escolhido o equipamento, seleccionei entre todos os sites eleitos qual o mais barato para cada componente.

Procurei igualmente saber qual a transportadora. Conheço pessoas que já se queimaram valentemente não por causa da compra em si mas sim devido à falta de qualidade do tranportador.

Finalmente utilizei o cartão MBNet para fazer a compra dado que, mesmo que a informação vá parar às mãoes de terceiros, o saldo específico e limitado inviabiliza qualquer possibilidade de fraude.

Os sites que utilizei foram os seguintes:
http://www.actionsports.de/
http://www.bike-x-perts.com/
http://www.mtbikers.com/

Considerados de confiança mas excluídos apenas por preço menos competitivo ou falta do equipamento pretendido foram:
http://www.chainreactioncycles.com/
http://www.hibike.com/
http://www.fizzbikes.com/

Brevemente indicarei qual o equipamento comprado a cada um, quanto custou e como correu o negócio.

Falta apenas dizer que, pelo menos num caso, comprei um componente a um preço inferior ao valor de revenda em Portugal a ponto dum logista estar a considerar usar esse site para se fornecer.

Tuesday, June 5, 2007

Componentes: rodas (novamente)

Chegaram as rodas DT.

A configuração é a seguinte:

2x 32 raios DT Aerolite
Cubos DT 240s para disco com fixação de 6 parafusos
Aros XR 4.2
Cabeças de raio DT em alumínio

Optei por uma montagem de 32 raios porque a penalização de peso não é grande face ao ganhos de rigidez lateral e robustez geral.

Pesos em gramas (sem apertos rápidos)

Frente 731
Traseira 858
-------------
Total 1589

Com os fundos de jante colocados o valor sobe 31 gramas.

Pelo que tenho visto nos sites de referência, o peso final das rodas fica cerca de 100 gramas acima das Mavic Crossmax SLR mas conto poupar cerca de metade disso nos apertos rápidos (que serão uns levíssimos e exclusivíssimos Tune).

O ganho de rigidez lateral das rodas somado ao menor atrito dos cubos na minha modesta opinião mais do que compensa as perdas do lado do peso.

Este último aspecto é mais relevante do que parece. Um teste duma reputada revista francesa calculou que face aos DT 240s, um cubo Shimano XTR exige mais 2 watts de potência para movimentar a roda às velocidades normais de BTT. Os Mavic exibem melhor performance situando-se a meio do caminho entre os outros dois.

Traduzindo em dados reais, segundo os meus cálculos (falíveis), se dois ciclistas produzirem uma potência exactamente igual chegarão ao final de uma hora distanciados por 100 metros se a única diferença for nos cubos - vantagem para os DT face aos XTR como acima se disse. A velocidade de referência usada foi de 22 km/h.

Eu já perdi ou ganhei lugares em provas (e participei em poucas) por diferenças dessa ordem ou mesmo menores por isso creio que vale a pena considerar este factor...

Monday, June 4, 2007

Componentes: o conjunto pedaleiro

Aos poucos as componentes vão chegando.

Hoje recebi o pedaleiro e, se tudo correr de forma normal, amanhã chegam as rodas.

Infelizmente a maior parte das componentes vem dum outro site que está a revelar-se fraco, quer no tempo de envio, quer principalmente por nem sequer responderem quando lhes perguntei porque é que a encomenda ainda estava no estado inicial (em preparação).

Daqui a alguns dias, depois de receber a última das encomendas, publico uma análise aos sites utilizados.

Passemos então a melhores letras.

O pedaleiro XTR de 2007 é uma admirável peça de engenharia com uma beleza tal que até me dá um nó na garganta pensar nos maus tratos que o esperam.

O que procuro num pedaleiro? (não necessariamente por esta ordem)

1 - rigidez das manivelas e das rodas

2 - rigidez do eixo

3 - ergonomia

4 - facilidade e docura nas passagens de mudança

5 - baixo peso

6 - baixo atrito

7 - durabilidade

O último factor não é susceptível de ser verificado numa voltinha de duas horas que é a experiência de XTR que eu tenho.

Agora os 4 primeiros factores revelaram-se absolutamente excepcionais no meu teste.

Pedalar em pé a subir com uma mudança bem pesada é normalmente o teste de fogo para um pedaleiro e o XTR passou com nota máxima. O XT que tinha experimentado em Fevereiro chumbou francamente na rigidez das manivelas.

Quanto à ergonomia, esta manifesta-se principalmente pela forma como a alavanca consegue funcionar como um prolongamento natural do pé. Juntamente com a rigidez do conjunto, este ponto minimiza as perdas de potência da pedalada, transmitindo de forma imediata e directa o movimento das pernas às rodas pedaleiras.

Os XT que testei pareciam obrigar os pés a fazer um movimento de "S" que indiciava uma óbvia falha neste factor. Os velhinhos Middleburn que uso não apresentam problemas de maior neste domínio mas perdem duramente para os XTR. Aqui um micron de movimento do pé transforma-se exactamente num micron de movimento do pedaleiro acontecendo isto num nanosegundo.

Relativamente à passagem da corrente entre os pratos pedaleiros, o que se pode dizer é que a sensação é em tudo parecida com as passagens na cassette. Nas mudanças ascendentes o elaborado sistema de rampas encarrega-se de, com uma mínima perda de contacto, colocar a corrente no dente certo de forma inacreditavelmente suave. No meu caso, em situações de fim de subida, início de descida (em que se pedala com menos carga), tive várias vezes que olhar para o pedaleiro porque nem acreditava que tinha mesmo passado de prato.

Quanto às passagens para baixo, a tarefa recai mais sobre o desviador mas, de qualquer modo, o perfil dos dentes joga um papel muito relevante. Neste caso a Shimano utilizou um desenho assimétrico o que facilita nitidamente a manobra.

O peso, apesar de ter sido verificado com todos os aneis de ajustamento (que não serão necessários mas ainda assim são bastante leves), ficou cerca de 4% acima dos 770 gramas indicados pelo fabricante.