Monday, June 4, 2007

Componentes: o conjunto pedaleiro

Aos poucos as componentes vão chegando.

Hoje recebi o pedaleiro e, se tudo correr de forma normal, amanhã chegam as rodas.

Infelizmente a maior parte das componentes vem dum outro site que está a revelar-se fraco, quer no tempo de envio, quer principalmente por nem sequer responderem quando lhes perguntei porque é que a encomenda ainda estava no estado inicial (em preparação).

Daqui a alguns dias, depois de receber a última das encomendas, publico uma análise aos sites utilizados.

Passemos então a melhores letras.

O pedaleiro XTR de 2007 é uma admirável peça de engenharia com uma beleza tal que até me dá um nó na garganta pensar nos maus tratos que o esperam.

O que procuro num pedaleiro? (não necessariamente por esta ordem)

1 - rigidez das manivelas e das rodas

2 - rigidez do eixo

3 - ergonomia

4 - facilidade e docura nas passagens de mudança

5 - baixo peso

6 - baixo atrito

7 - durabilidade

O último factor não é susceptível de ser verificado numa voltinha de duas horas que é a experiência de XTR que eu tenho.

Agora os 4 primeiros factores revelaram-se absolutamente excepcionais no meu teste.

Pedalar em pé a subir com uma mudança bem pesada é normalmente o teste de fogo para um pedaleiro e o XTR passou com nota máxima. O XT que tinha experimentado em Fevereiro chumbou francamente na rigidez das manivelas.

Quanto à ergonomia, esta manifesta-se principalmente pela forma como a alavanca consegue funcionar como um prolongamento natural do pé. Juntamente com a rigidez do conjunto, este ponto minimiza as perdas de potência da pedalada, transmitindo de forma imediata e directa o movimento das pernas às rodas pedaleiras.

Os XT que testei pareciam obrigar os pés a fazer um movimento de "S" que indiciava uma óbvia falha neste factor. Os velhinhos Middleburn que uso não apresentam problemas de maior neste domínio mas perdem duramente para os XTR. Aqui um micron de movimento do pé transforma-se exactamente num micron de movimento do pedaleiro acontecendo isto num nanosegundo.

Relativamente à passagem da corrente entre os pratos pedaleiros, o que se pode dizer é que a sensação é em tudo parecida com as passagens na cassette. Nas mudanças ascendentes o elaborado sistema de rampas encarrega-se de, com uma mínima perda de contacto, colocar a corrente no dente certo de forma inacreditavelmente suave. No meu caso, em situações de fim de subida, início de descida (em que se pedala com menos carga), tive várias vezes que olhar para o pedaleiro porque nem acreditava que tinha mesmo passado de prato.

Quanto às passagens para baixo, a tarefa recai mais sobre o desviador mas, de qualquer modo, o perfil dos dentes joga um papel muito relevante. Neste caso a Shimano utilizou um desenho assimétrico o que facilita nitidamente a manobra.

O peso, apesar de ter sido verificado com todos os aneis de ajustamento (que não serão necessários mas ainda assim são bastante leves), ficou cerca de 4% acima dos 770 gramas indicados pelo fabricante.

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