Monday, October 18, 2010

Saudade

Já lá vão cerca de dois aninhos sem dar ao pedal como deve ser.
Custa-me olhar para a bike até porque está a necessitar dumas ligeiras obras.
Nada de muito dramático:
* endireitar as rodas
* desempenar os discos
* botar loctite nos pivots superiores
* voltar a montar os pneus em tubeless com líquido novo
* desmontar, limpar e lubrificar o eixo da pedaleira
* desmontar, limpar e lubrificar a caixa de direcção
* desmontar, limpar e lubrificar os eixos dos pedais
* substituir pastilhas
* meter-lhe um motorzinho discreto como o do vídeo ;-)

http://www.youtube.com/watch?v=wGYqKBUEelw

Friday, November 7, 2008

Barreiro - XC no seu melhor



No passado dia 26 de Outubro participei no XC do Barreiro.




A organização, além de nos presentear com um circuito de cross-country clássico com uma boa quantidade de desafios técnicos mas sem demasiados riscos, também fez questão de nos atirar para um sobe e desce constante como nós tanto gostamos.




Como se não bastasse, organizaram-se as coisa por escalão para aumentar a competitividade.




No meu caso, fui parar aos veteranos B+ o que é o mesmo que dizer os velhotes dos 40 aos 100.




Não treino desde o final de Agosto e a coisa prometia doer.




A partida foi dada e fui logo esmagado por 4 audazes sprinters que quase desapareceram estradão fora. Chegado ao primeiro single, comecei a recuperar terreno e lá consegui passar um deles. Mais à frente outro e finalmente mais um. Estava então em segundo e decidi atacar logo forte para meter aqueles 10/20 metrinhos psicológicos que normalmente fazem o adversário recem ultrapassado levantar o pé.




Por outro lado o primeiro não estava assim tão longe e havia que meter pernas à obra até porque fiquei com a sensação que ia ser um ossinho bem duro de roer.




Ataquei como disse só que a descer. Erro!!!




Mais do que penalizar o esforço físico a falta de treino é nefasta para a técnica. Perdem-se automatismos, tempos de reacção, leituras da bicicleta e do terreno e o inevitável aconteceu:


travagem de recurso, resvalanço de roda da frente e consequente finalização da descida a fazer ski sobre o lado esquerdo levantando uma fotogénica poeirada.




Tirando o braço que sangrava e a anca que doia pareceu-me tudo benzinho e saltei logo para cima da bicicleta a tempo de só perder um lugar mas seguir colado ao segundo.




Um pouco mais à frente acontece uma daquelas coisas que raramente acontecem aos outros: o que seguia em primeiro tem uma avaria e eu vejo-me em segundo a rolar com o primeiro mas com a nítida sensação que estava um bocadinho mais forte do que ele.




Depois duma conversinha a confirmar a posição decidimos abrandar o andamento para conservar energias ficando a decisão para a última volta. O terceiro não estava à vista por isso as coisas não pareciam difíceis desde que não houvesse avarias ou quedas.




Comandei as operações impondo um ritmo forte mas contido sem grandes preocupações de olhar para trás e de repente vejo-me sozinho. Vim depois a saber que o meu adversário partiu a corrente.




Tudo parecia resolvido. Agora basta não cometer erros e ir pedalando.




Mas nestas coisa há sempre uma surpresa final... Neste caso comecei a sentir a roda de trás muito solta. Estou furado, pensei... De qualquer modo parece que tenho algum ar por isso vou defender-me até onde puder e faço o resto a correr.




O circuito era curtinho mas nunca mais acabava. A subir não tinha aderência por me ir a apoiar na roda da frente para poupar ar. A descer tinha que ir com mil cuidados.




Finalmente lá cheguei à última subida que decidi fazer a pé para evitar surpresas.




A acolhedora meta chegou logo a seguir.




Verificado o "furo" vim a saber que se tratava duma consequência da queda. O aperto da roda de trás estava ligeiramente solto dando a sensação permanente da roda traseira a derrapar.




É o que dá usar apertos destes principalmente não os apertar suficientemente depois de montar as rodas. Se ele estivesse no seu lugar e apertado como deve ser, na queda não se teria movido.




Enfim... felizmente não teve influência no resultado, como se diz no futebol...


A falta de treino resultou numa pulsação média inacreditável de 179 batimentos por minuto com uma máxima de 192. Com outra condição o normal seria ter os limites 5 a 6 batimentos abaixo.

A velocidade média foi de 17 km/h.

De volta... passados 5 meses!!!!!

Com a excitação das 24 horas acabei por não conseguir dar continuidade aos posts que tinha iniciado.



A prova correu bem. O ambiente circundante é excepcional.



A equipa esteve bem. Rodou-se numa base de duas voltas a cada um mas à noite passou-se a 3 para o Gonçalo poder dormir. O Gonçalo tem 16 anos e foi vice-campeão nacional de cadetes em ciclismo de estrada e achou-se por bem deixá-lo descansar.



3 voltas à noite são uma violência quando se anda um bocadinho no limite mas lá nos aguentamos.

As luzes são absolutamente críticas para o sucesso das "passeatas" noturnas e as Lupine Nightmare que levei serviram na perfeição se bem que a luz é como dizem do dinheiro: nunca temos suficiente...



No final ficamos em 11.º em equipas de 4 o que se traduziu num 8.º lugar em masculinos. Havia 3 equipas mais rápidas do que nós que tinham senhoras...



A fórmula utilizada pareceu boa embora seja nítido que se fosse possível manter a dose de 2 voltas por cabeça também de noite seria bem mais fácil. Nas últimas voltinhas, com o desgaste talvez não fosse má ideia rodar a uma volta.



Quanto a performances, consegui fazer duas voltas seguidas abaixo de 36 minutos o que deu uma média marginalmente superior a 20,5 km/h, ultrapassando as minhas melhores expectativas dada a dificuldade do terreno e o facto de nos singles nem sempre ser possível ultrapassar os mais lentos sem perder tempo.



A bicicleta parecia talhada para aquilo. O baixo peso ajudava quer a subir quer a serpentear pelos singles disfarçando a minha inabilidade mesmo naquele local onde praticamente conheço todos os calhaus, raízes, valas, etc...



Por outro lado o conforto proporcionado pelas suspensões não deixou que o cansaço físico se instalasse sob a forma de dores que não nas pobres das pernas.



Enfim... foi do melhor que fiz em BTT quer no gozo que o evento me deu quer na performance que, apesar da forma não ser por aí além, até se pode dizer que foi razoável para a idade... :-)



Termino com um agradecimento ao Bruno Vaz, ao Gonçalo e ao Manuel Rodrigues pelo excelente convívio e espírito de luta que puseram na prova.



Nunca esquecerei aqueles dois dias loucos...


Thursday, June 5, 2008

24 horas de Monsanto (Parte 3)

Um dos assuntos que mais dúvidas provoca é qual deverá ser o escalonamento da equipa.

Sabendo que tem que estar sempre um elemento a rolar e que as substituições só podem ocorrer na meta, qual o número ideal de voltas que cada um deve dar?

É melhor tentar fazer o esforço todo seguido ou reparti-lo pela menor unidade possível?

Tudo indica que vamos adoptar uma tática base em que os elementos de 1 a 4 entrarão em acção em sequência a cada duas voltas. O percurso deve demorar entre 35 e 45 minutos a ser percorrido dependendo do elemento da equipa por isso as duas voltas parecem-nos o ideal. No final cada um deverá ter feito 4 a 5 entradas.

Estamos a apontar para algo como 1, 1, 2, 2, 3, 3, 4, 4, 1, 1, 2, 2, 3, 3, 4, 4, etc...

Durante a noite pode-se pensar am fazer 1, 1, 1, 2, 2, 2, 3, 3, 3, 4, 4, 4 porque assim cada um poderá descansar próximo de 6 horas.

Wednesday, June 4, 2008

24 horas de Monsanto (Parte 2)

Continua a aproximação à prova. A minha equipa é a 4-092.

A primeira grande preocupação, a iluminação, está resolvida.

Comprei uma luz Sigma Powerled Black Pro.

Custou próximo de 100 eur na Bicioeste, Ericeira e revelou-se perfeita.

Dá próximo do dobro da luz das Sigma Evo e Evo X e durou num teste que fiz em casa algo em torno de 3 horas e 20. O carregamento que se seguiu ficou em pouco menos de duas horas.

No terreno, quando bem apontada dá perfeitamente para as encomendas.

Já a testei noite escura no circuito do ano passado e apenas no último single-track, na fase de descida, há que ter algum cuidado porque nas curvas perde-se um pouco a noção do terreno.

No primeiro single, a seguir à subida mais inclinada do circuito, nas curvas fica-se praticamente sem ver nada mas, como é uma zona de menor velocidade, o problema é mais gerível.

De resto passou com distinção.

Na descida que se segue à escadaria do restaurante Luneta do Panças, que é algo inclinada e ficou mais perigosa depois do inverno, consegui ter segurança suficiente para a fazer praticamente a uma velocidade diurna.

Vou tentar ir lá amanhã outra vez para ganhar mais prática. Ontem caí duas vezes, felizmente sem gravidade, porque em recta a luz dá confiança a mais.

Tenho que adaptar a pilotagem à noite o que só se consegue com prática.

Estou a pensar em usar uma iluminação auxiliar no capacete para não ficar "no escuro" nos singles mais sinuosos.

Sunday, May 25, 2008

24 horas de Monsanto (Parte 1)

Aproximam-se as 24 horas de Monsanto onde irei participar numa equipa de 4 elementos.



As necessidades de preparação logística neste tipo de evento são enormes e, como é a primeira vez, o mais provável é que se cometam muitos erros.



O treino não tem sido muito. Infelizmente pouco ou nada pude modificar relativamente às 3/4 sessões curtíssimas semanais que tenho vindo a fazer. Depois como a base é pouca também não se faz intensidade.



Enfim... a coisa promete e até dia 14 de Junho já pouco há a acrescentar.



Vou tentar no dia 1 fazer a Maratona das Lezírias a 120% para procurar fazer um treino de choque que, atendendo às amostras anteriores, tem sempre excelentes consequências na minha condição.

Saturday, May 24, 2008

Novos rotores


Um sulco bem fundo no rotor da frente (Magura Marta SL) e uma encomenda de selante para pneus e outros materiais levaram-me a antecipar a aquisição de novos discos.

Tendo por referência uma solução apresentada pelo Vitor Rodrigues, a referência nacional no que toca a técnica e mecânica, optei por uns levíssimos e exclusivíssimos Hope Mono Mini Pro que com os seu peso em torno de 80g me levaram mais 56 gramas da bicicleta.

A montagem causou-me dois problemas:
1 - os parafusos que fixam os rotores são de titânio material muitíssimo fácil de "moer" quando manipulado; infelizmente acabei por destruir um deles mas (nem tudo é mau) precisamente no aperto final a 6/8 Nm.

2 - os rebites que fixam a parte central do disco (em alumínio) à parte periférica (em aço) têm um perfil que por muito pouco não toca na caixa das pinças do travão coisa que se ultrapassou ajustando os espaçadores.



Quanto à estética, os rotores Hope são para mim mais interessantes que os Magura apesar destes últimos já serem do mais bonito que há; a cor da zona nuclear é muito semelhante à do pedaleiro XTR que fica a uma distância parecida do chão. A bicicleta ganha uma coerência cromática naquela zona que muito a favorece. Também o ultra-rendilhado da parte em aço cria uma linguagem de compexidade que casa muito bem com a simplicidade despida das rodas DT.


Teste

Se uma das vantagens dos travões de disco é o de funcionarem bem em condições extremas então tive bastante sorte nesta fase de teste inicial. Lama e chuva têm sido uma constante.

As primeiras impressões foram de perda de potência face à solução anterior.
No entanto, passada a fase de adaptação das pastilhas, agora parece-me perfeitamente ao nível da travagem proporcionada pelos rotores de origem que, diga-se, até são mais caros.
Um detalhe menos interessante é a tendência para estes rotores ganharem ferrugem na zona interior dos rendilhados. Em princípio não afectará o comportamento mas era de esperar um melhor comportamento de material tão exclusivo.